segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Seu portifólio conhece o porco-espinho ?


" A raposa sabe de muitas pequenas coisas, mas o porco espinho sabe uma muito importante" (The hedgehog and the fox - Isaiah Berlin, 1993)


Berlin estava aqui fazendo alusão à uma antiga parábola grega (Archilochus)  do duelo entre uma raposa e um porco-espinho, onde a raposa muito esperta, estava diariamente a inventar algo novo para devorar o pobre porco espinho, ela montava estratégias, encontrava esconderijos mas toda vez que ela avançava contra o porco-espinho este usava a única habilidade que tinha, virava uma bola de espinhos pontiagudos forçando a raposa a recuar.

Isso dá uma bela lição de como compor o portfólio ao montar o planejamento estratégico do negócio. Só terá uma vantagem competitiva, a empresa que focar no que faz bem, ou melhor, segundo Jim Collins (2001 - Good to Great), a que focar naquilo em que pode ser líder de mercado.

É senso comum, que não se pode ser competitiva em tudo, ninguém imaginaria, por exemplo, a IBM entrando no mercado alimentício para competir com a Nestle, apenas porque este é um mercado lucrativo. Porém, ao analisar o portfólio atual de algumas empresas, analisando os pontos fortes e fracos de cada uma das unidades de negócio, pode-se descobrir alguns desvios de objetivo claros que poderiam, guardadas as devidas proporções, serem comparadas ao exemplo acima.

Abandonar certos ramos de atividade não condizentes com a visão de futuro e com a missão da empresa, pode ser uma decisão difícil, especialmente se estes forem lucrativos, mas pode ser também a melhor maneira de pavimentar o caminho para o sucesso no longo prazo.

A diversificação do portfólio, tem obrigatoriamente que estar alinhada com o objetivo geral da empresa, para que se possa direcionar a atenção, os esforços e os recursos para para as oportunidades em que esta possa realmente ser competitiva.

Pergunte-se :
O que motiva e apaixona os stakeholders da companhia ?
Em que áreas e atividades esta empresa pode ser a melhor do mundo ?
Qual é sua atividade mais rentável e a que proporciona maior receita ?

Pense a respeito disso, o alinhamento do portfólio com a missão e visão da empresa são o primeiro passo rumo ao sucesso, não importando a situação atual.



- Cleber de Lima
Open your Mind, let the future get in.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

"On the Cloud" ou "under the gorund" ? a escolha é sua ...

Com tantos modismos e "fancy names" no mundo da tecnologia, não é incomum ficar desorientado e confuso no que se refere à importância e confiabilidade de determinada tendência e se ela é passageira e efêmera ou não, porém ao falarmos de "Cloud Computing", tenho certeza de que quem não estiver "on the cloud" estará definitivamente "under the ground" , mais precisamente à 7 palmos.

Para quem não está familiarizado, o conceito de "Cloud Computing" é em resumo poder descentralizar a infra-estrutura de TI, acessando os servidores, redes, bancos de dados e aplicativos remotamente, sem que isso seja perceptível ao usuário final. Assim é possível ter todo o seu parque de TI rodando num data-center remoto, e continuar tendo o controle de suas aplicações e utilizando-as normalmente.

Esse modelo traz inúmeros benefícios, principalmente no que diz respeito à disponibilidade, flexibilidade
 e redução de custos em TI.

Para empresas cujo "core business" não é a Tecnologia da Informação em si, é muito caro e trabalhoso manter um parque tecnológico de infra-estrutura de T,I que lhe permita rapidamente reagir as mudanças que o mercado exige, quer por exigir um alto investimento, quer por ser de alto custo de manutenção (principalmente com mão de obra especializada). Assim, ou se opta por  ter uma Infra-estrutura deficitária e se perde agilidade em relação à concorrência, ou se investe em alta tecnologia e profissionais qualificados, o que pode resultar numa menor margem de lucratividade e possível perda de espaço no mercado devido aos preços.

A medida que os negócios crescem ou mudam é necessário que novas aplicações sejam lançadas para suportar o negócio e a tomada de decisões, como Business inteligence, e-commerce, CRM ou ainda outras para agilizar os processos produtivos e de vendas. Atender à estas demandas "on the Cloud" requer menos investimentos e garante maior agilidade, já que os provedores tem o "Know-How" , os equipamentos e softwares e a mão de obra qualificada, necessários para fazer isso com segurança e rapidez. Isso garante às empresas que uma boa ideia, ou uma campanha inovadora, possam ir ao mercado muito mais rápido, gerando as vantagens que advêm do pioneirismo, sem atrasos devido à TI.

Empresas com sazonalidade alta, podem ainda se beneficiar de recursos contratados temporariamente, evitando que se tenha de estimar a capacidade geral de processamento pelos períodos de pico, evitando gastos desnecessários e otimizando o investimento.

Além disso, na grande maioria das vezes o TCO (Total Cost of Ownership) é menor quando se compara um CPD interno com outro de características semelhantes "on the Cloud". A disponibilidade dos sistemas de TI, também é um dieferncial, uma vez que se consegue muito mais disponibilidade e performance de um bom provedor, já que a busca deles pela melohria nos serviços é contante e atestada mediante certificações, aderencia às melhores pratica de governança de TI, SLAs e etc, Fazendo com que os negócios não parem devido a problemas com Infraestrutura, desastres, panes em equipamentos, falta de energia, etc.

Por todos estes fatores, adotar a "Cloud Computing" deixa de ser uma opção tecnológica e passa a ser uma decisão de negócios, que poderá determinar a diferença entre os competidores e que já está sendo adotada pelos gigantes da economia.

Você está preparado para sobreviver nas nuvens ou para morrer fora dela ?

Saiba mais sobre como a Unisys implementa e oferece "Cloud Computing"


- Cleber Lima
Open your mind, let the future get in

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Colaboração e Inovação

O Brasil avançou muito na última década, se inseriu como um importante player no cenário mundial, mas ainda não decolou no que diz respeito à inovação.

Inovação esta intimamente ligada à Criatividade e segundo pesquisa realizado em 1968 nos USA por George Land e Beth Jarman 98% das pessoas são muito criativas aos 5 anos de idade, porém apenas 2% das mesmas ainda é altamente criativa aos 25 anos. Isso se dá na maior parte pelo fato de termos de nos adequar às regras impostas pela vida em sociedade, e principalmente pelos bloqueios cerebrais que sofremos ao longo de nossa vida.

Já que poucas pessoas são naturalmente criativas e inovadoras na idade adulta, deveria haver mecanismos para facilitar esse processo, porém ao analisarmos o ambiente corporativo nacional, raramente vemos esforços no sentido de transformar a colaboração e o ambiente de trabalho em ferramentas de inovação.

Michael Schrage, professor de empreendedorismo e inovação do MIT, acredita que a inovação raramente é um esforço solitário, e sim um trabalho conjunto de pessoas talentosas de diferentes áreas. Assim, embora a maioria das empresas se organizem por domínios para otimização dos recursos, é muito importante que pessoas de diferentes áreas e formações trabalhem juntas em projetos, que tenham claro entendimento dos objetivos da empresa, e que tenham em mãos as informações necessárias para que o processo de melhoria continua aconteça. Não é raro vermos as pessoas sonegando informação apenas para que outros nao tenham oportunidades de inovar. Outra barreira comum esta nas estruturas rígidas e sem flexibilidade dos departamentos, impedindo a colaboração para atingir os resultados, matando assim a inovação.

Ano passado (2010) integrei um time formado em caráter emergencial para estabilizar uma crise em dos maiores clientes da empresa. O "Red Team" foi formado pelo melhores profissionais de suas áreas e contava com fortes stakeholders. Foi uma experiência muito interessante que possibilitou discussões francas e produtivas, sem "caça aos culpados", e com o único objetivo de elevar a satisfação do cliente com os serviços oferecidos.

Conseguimos atingir nosso objetivo, e ainda reduzirmos os custos com infra-estrutura e mão de obra, por meio de inovação na tecnologia utilizada e nos processos.

Infelizmente isso só aconteceu depois de termos presenciado inúmeros problemas no cliente e depois de cada departamento tentar por meses a fio, provar a todo custo que eles não eram os responsáveis pelos problemas. Não havia até o momento o mínimo de colaboração em busca da resolução. Se ações como essas fossem comuns e frequentes, provavelmente encontraríamos soluções para os problemas enquanto estes ainda são insignificantes ou até inexistentes.
 
Um de meus objetivos profissionais para este ano de 2011 é promover a Inovação e o desenvolvimento de talentos por meio de comunicação efetiva, treinamento e colaboração, e você como tem incentivado a inovação em seu ambiente de trabalho ??

- Cleber Lima
Open your mind, let the future get in
 

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Foco nas pessoas ...

Há muito se sabe que são as pessoas que fazem a diferença nas organizações, e diferente do que possa parecer a evolução tecnológica até certo ponto ressaltou isso.

As pessoas que sobrevivem à selvagem seleção natural imposta pela modernidade, pela tecnologia e pela abundante informação, são mais fortes e melhor preparadas para dirigir as organizações, determinando diretamente seus sucessos e fracassos.

Em seu livro "Good to Great", Jim Collins defende uma tese muito interessante, que ele chama de "primeiro quem, depois o que" que em síntese prega o seguinte:
"Eu posso não saber exatamente pra onde devemos levar a empresa, mas se tivermos as pessoas certas dentro, nos lugares certos, e as pessoas erradas fora, aí iremos descobrir como dirigí-la a um lugar importante"
Na maioria das empresas o CEO é o primeiro a dizer que devemos buscar, valorizar e reter o talento, porém disseminar essa idéia parece mais difícil à medida que se desce na escala hierárquica. Não é incomum vermos pessoas talentosas, sendo desperdiçadas e tolhidas no seu crescimento profissional, apenas pela incompetência de seus superiores imediatos.

O Google, grupo que hoje determina como usamos a internet, e uma das melhores empresas para se trabalhar no Mundo, adotou um sistema "anti-repressão de talento" que permite que qualquer funcionário se dirija a qualquer pessoa dentro da organização, para conversar e apresentar uma idéia, não importando o nível hierárquico, sem que isso gere represálias ou melindro, por parte de seu chefe, ali os coordenadores precisam servir suas equipes e não o contrário e toda a informação precisa fluir livremente entre todos os níveis da organização, criando um cenário onde a colaboração se torne a chave para a eficiência e pra cumprimento de metas agressivas.

E isso funciona por lá (acreditem, funciona até na filial do Brasil) pois possibilita que pessoas talentosas sintam-se à vontade para trabalhar e se sintam recompensadas e realizadas profissionalmente.

Assim as empresas deveriam olhar com muito carinho para seus departamentos de RH e refletir se estas são as pessoas certas para administrarem um de seus maiores capitais. Para garantir que a empresa atraia, desenvolva e mantenha pessoas qualificadas é fundamental disseminar a visão, a missão e objetivos da empresa e garantir que todos os funcionários estejam alinhados com eles. Nessa direção, o ITAU criou uma inovadora campanha de marketing intitulada "Do Que você é feito ?" com o objetivo único de atrair jovens talentos, mostrando porque eles deveriam optar pelo banco para construirem suas carreiras:

Sobre a Campanha, Adriano Lima, diretor de gestão corporativa de pessoas do Itau disse :
"Somos hoje um dos maiores bancos do mundo e nesse novo cenário pessoas com espírito inovador são fundamentais. Trainees têm enorme potencial de desenvolvimento e aprendizado e podem agregar muito para o nosso negócio, pois chegam com muita energia e visão diferenciada. Queremos que eles estejam conosco nesse momento de crescimento e, para isso, oferecemos benefícios e remuneração acima da média do mercado"   
Ainda há muito o que fazer para mudar a mentalidade feudal de muitos gestores mundo afora, mas os resultados mostram qual o caminho a seguir, nos resta então fazer nossa parte e promover a mudança dentro das empresas em que estamos, seja qual for nosso nível hierárquico.

- Cleber Lima
Open your mind, let the future get in

Novos cenários exigem novos protagonistas

Vivemos num mundo em constante transformação, e a cada dia novos cenários se estabelecem, trazendo consigo inúmeros desafios e oportunidades que exigem um perfil diferenciado de pessoas, pessoas que estejam preparadas para lidar com tudo isso eficientemente, tirando vantagens competitivas das novas tecnologias e da modernidade para elevarem seus negócios a novos patamares e agarrarem as novas oportunidades geradas apesar dos desafios e dos competidores.

Este blog visa discutir estes novos cenários e como eles devem afetar a visão de negócios, os processos corporativos e as disciplinas e requisitos que deveriam fazer parte desse novo profissional preparado para ser  protagonista, bem como sua relação com o trabalho e qualidade de vida.


- Cleber Lima
Open your mind, let the future get in